terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Do tipo mais gostoso de amizade.

Eu acho que existem vários 'tipos' ou 'níveis' de amizade e que cada pessoa os mede conforme acha melhor.
Tem gente que mede pela confiança, tem gente que mede pelo companheirismo (tipo aquele cara que sempre anima de sair e não te deixa sozinho). Mas o melhor mesmo é fazer um balanço dos dois!
É que quanto mais uma pessoa te 'deixa bem', tanto em questão de confiança quanto de companheirismo, mais você se apega ela e mais especial ela fica.
Mas então só pra garantir que até os mais lentinhos também vão entender, vou mandar este texto, exemplo do tipo de equilíbrio entre 'companheirismo' e 'confiança' que resulta em algumas das amizades mais gostosas da vida.

[Você vai entender quando, ao ler este texto pensando em sua/seu amiga/o, conseguir entender tudo que ele diz e, no fim, ainda sorrir ao ler a frase: "isso melhora o meu humor"]


"Ow!

Eu já te disse que te amo? Acho que eu nunca disse.
Penso que você já sabe disso, por isso nunca falei...
Mas aí deu vontade de dizer, só pra ter certeza sabe?
De que você sente que eu te amo.
Queria que fosse ao vivo, mas tem que ser agora, então resolvi escrever isso e mandar:
Eu te amo, tá?
Tenho muito carinho por você, e me deixa feliz o fato de me ter como amiga assim como a tenho.
Daquelas amigas que podem ficar tempos sem se falar, mas quando conversam é como se tivessem se visto ontem. Não sei se tô explicando direito...
Mas é que de vez em quando eu tenho essa sensação, sabe?
De que a gente vai ficar mais velha, tipo 50 anos e se encontrar uma vez por ano rindo e zuando como se tivéssemos nos encontrado há pouco tempo.
Acho essa idéia engraçada, e isso melhora meu humor (=
É uma das amizades mais especiais e importantes que eu tenho."

sábado, 18 de dezembro de 2010

É uma pena mesmo.

Eu sempre tenho que enfatizar o tanto que essa música descreve uma situação muito familiar pra mim, cara. RS

"Ficou difícil
Tudo aquilo, nada disso
Sobrou meu velho vício de sonhar
Pular de precipício em precipício
Ossos do ofício
Pagar pra ver o invisível
E depois enxergar

Que é uma pena
Mas você não vale a pena
Não vale uma fisgada dessa dor
Não cabe como rima de um poema
De tão pequena
Mas vai e vem e envenena
E me condena ao rancor
De repente, cai o nível
E eu me sinto uma imbecil
Repetindo, repetindo, repetindo
Como num disco riscado
O velho texto batido
Dos amantes mal-amados
Dos amores mal-vividos
E o terror de ser deixada
Cutucando, relembrando, reabrindo
A mesma velha ferida
E é pra não ter recaída
Que não me deixo esquecer

Que é uma pena
Mas você não vale a pena"

Maria Rita - Não vale a pena

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Mini-desabafozinho

O negócio é que quando a gente começa a se decepcionar com quem a gente menos esperava, a gente não pára mais.
Dou todas as oportunidades do mundo pras pessoas assumirem certas coisas, mas elas simplesmente preferem fingir ser alguém que não são, passar por algo que não passam, sentir algo que não sentem. Tudo fingimento. E depois que descobrem que eu já sabia, ficam com vergonha de mim. Ou de si próprios, não sei... Só sei que dá pra perceber a vergonha no olhar. Ou a falta do olhar né, porque a maioria não consegue te encarar mais.
Pois bem. Continuem ocultando e mentindo para mim sobre as coisas e eu continuo fingindo que acredito em vocês.

Oi, blog.

Criei vergonha na cara e superei a preguiça de criar um blog.
Vou começar a postar meus textos por aqui, mas se quiser(em) ler os mais antigos, desde posts inúteis de adolescente à desabafos completamente metaforizados, é só clicar neste link

De qualquer forma, vou colar aqui o último texto que eu publiquei por lá: "Das f(r)ases da vida".

"Fiquei me perguntando sobre destino.
Eu realmente acredito que as coisas são como devem ser e tudo que acontece, acontece por alguma razão. Acontece porque vai resultar em algo que simplesmente tem que ser. Algo maior.
Talvez sejam coisas além da compreensão humana, ou talvez simplesmente não queiramos acreditar.
E porque não acreditaríamos? Porque temos pressa.
Pressa do resultado, pressa de saber onde estão os pontos finais das frases da vida. E quando estamos prestes a descobrir um dos pontos mas não gostamos da interpretação dos fatos, insistimos em tentar colocar uma vírgula.
É o emocional que nos cega. Faz com que nos recusemos a pontuar uma história. Os pequenos pormenores e as pequenas decisões vão se juntando como uma bola de neve e no fim batem contra uma árvore e explodem no ponto final de uma frase.
Mas a nossa resistência aos pontos finais é apenas mais um detalhe já previsto pelo autoritário destino. Detalhe este que nos faz sofrer e, com isso, ensina-nos a viver.
Acontece que, se o destino de tudo e de todos já está traçado, podemos colocar quantas vírgulas quisermos, a próxima sentença vai explicar a mesma coisa, só que de uma forma diferente, até que você finalmente entenda e aceite que é ali que aquela frase acaba. Não dá pra mudar o ponto de lugar.
E a frustação vêm daí. As pessoas tentam a todo custo mudar os pontos e se revoltam por terem a certeza de não terem feito nada de errado pra tudo acabar daquele jeito. Frustração por falta de atenção, afinal, se já está tudo traçado, não existem decisões erradas.
Aquele segundo de decisão entre acelerar ou reduzir no farol amarelo é que separa a vida da morte, o perigo da segurança, o atraso da pontualidade. Mas seu atraso pode salvar sua vida, a morte de uma pessoa pode proteger outra e o perigo pode te ensinar a viver.
A morte, o perigo e o atraso são certos, cada um em seu contexto A separação, a saudade, o amor, a distância, a tristeza e o perdão também o são.
No fim, tudo aqui é certo, tudo aqui é exato.
Só não quer dizer que seja satisfatório."

Texto postado em 08 de novembro de 2010.