quinta-feira, 26 de maio de 2011

Divagações Metaforizadas

Cá estava eu, mexendo no facebook, quando cliquei em um aplicativo que me mandou a seguinte frase de Caio Fernando Abreu:

"Abaixo a razão e o pensamento! O negócio é só sentir, meu irmão, só sentir... Pensar já era! Pensar acabou, não se usa mais!"


Eu gostei dessa frase, apesar de um tanto quanto radical... Tenho um lado emocional muito forte, mas meu lado racional também o é. Todos os dias, a todo momento, meu emocional e meu racional se confrontam, cada um com sua arma. São batalhas que terminam já seguidas de perto por uma novinha em folha. Dúvidas, questionamentos e incertezas que rondam meus pensamentos e fazem com que ele inicie, mais uma vez, uma briga com meu lado emocional, cada vez com um argumento novo. Mas porque isso? Qual a finalidade disso tudo?
É muito complicado tentar explicar esse tipo de coisa. São dois lados que vivem em conflito constante dentro de mim [e de todo mundo, com certeza]. Acho que é como um mecanismo de defesa. É o pai brigando com o filho com o intuito de protegê-lo e o filho se rebelando, querendo mostrar que sabe se virar... As vezes o filho quebra a cara, as vezes o pai percebe que não deve ser tão rígido.
Como em uma relação de pai e filho, pra que o convívio seja saudável, cada um deve ter sua vez de se expressar e deve haver respeito mútuo. O pai deve ouvir as opiniões do filho, mas o filho tem que entender que o pai deve ser respeitado e só quer o seu melhor. Relações interpessoais familiares são complicadas também, mas acho que é uma metáfora que todos vão entender...
Voltando à citação do Caio Fernando, fiquei pensando como seria bom se as pessoas se permitissem, ao menos de vez em quando, parar de pensar... Hoje em dia todo mundo faz exatamente o contrário! Pensam demais e se esquecem que existe algo além disso. Cadê o 'sentir' nessa sociedade? Onde está o papai racional deixando o filho emocional ir à uma festa com os amigos, se esbanjar em felicidades e bons momentos? Tudo que se vê são filhos que estavam se divertindo um dia, ralaram o joelho ou quebraram o braço e nunca mais quiseram sair de casa pra brincar. Aquele rapazinho que tomou um esporro do pai e nunca mais o desobedeceu. Mas aí qual é a graça da vida senão se aventurar, enfrentar o perigo, mostrar pro pai que um esporro e um castigo não vão fazer com que vc deixe de sair com os amigos ou que quebrar um braço não vai fazê-lo desistir de aprender a andar de bicicleta? Não se deve desistir e cruzar os braços. Pra conseguir andar de bicicleta é preciso insistir... Ter coragem, enfrentar o medo de cair e tentar pedalar de novo...
Sentimentos só são bixos de sete cabeças assustadores quando tentamos entendê-los demais. O negócio é parar de se reprimir e se deixar levar de vez em quando... Fechar os olhos e sentir o vento no rosto.
"Não há tempo que volte, amor... Vamos viver tudo que há pra viver, vamos nos permitir"

domingo, 15 de maio de 2011

A necessidade do querer

Há uns dias atrás eu fiz uma publicação no facebook que gerou uma polêmica inesperada por mim:

"É estranha essa sensação, né? De que vc precisa de alguém...
Eu sei que precisar não é a palavra. É querer. Mas é um querer tão forte que chega a ser necessário. 'Precisar' acaba por definir melhor, talvez"

Teve gente dizendo que precisar de alguém nunca é bom. E eu concordo!
Mas me expressei mal e acabei sendo mal interpretada. É que é meio difícil de explicar o que eu realmente queria dizer... [tanto que eu coloquei um 'talvez' no final da frase. rs]
Mas enfim... Talvez 'precisar' realmente não seja a melhor definição, senão não teria causado essa polêmica. Não falei no sentido de 'não consigo viver sem' e sim no sentido de 'não quero viver sem'. A história muda muito com essas duas interpretações...
De qualquer forma, pensando sobre o assunto, eu realmente me equivoquei com o comentário... Depois de tudo que eu passei, uma coisa que aprendi foi a viver só. Sei que preciso de mim e de mais ninguém pra viver bem... Acho que apenas fico um pouco confusa em meio a sentimentos.
Já falei que meu problema é tentar racionalizar emoções o tempo todo, e eu acho que emoções não podem ser racionalizadas. Elas são interpretadas de formas diferentes, por pessoas diferentes, em momentos diferentes. Emoções são sempre contextualizadas. Posso explicar de uma forma que, pra mim, seja extremamente clara e simples [ou não] mas quem lê contextualiza aquilo em sua própria vida. É como uma obra de arte, cada um interpreta à sua maneira.
No fim das contas, não é da pessoa que eu preciso. [Claro que eu quero muito que dê certo, mas
sei que se não der certo eu vou ficar bem.] A necessidade real é a do sentimento, a vontade de 'querer'.
A sensação de querer alguém faz a gente se sentir mais humana, sei lá. Mesmo que não seja um sentimento correspondido, mesmo que nos faça sofrer. Dá uma sensação de estar viva.
E todo mundo precisa se sentir vivo.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Power

Essa música me faz lembrar de tanta, mas tanta coisa, que me dá vontade de chorar... Mas um choro bom, sabe? Daqueles que a gente chora quando lembra de uma época triste... Mas não chora pelas tristezas da época, e sim pelo fato de ter conseguido superá-las, sabe?
Não sei se consigo explicar direito... Só sei que essa música me faz bem.



"Quando a noite cair e o som te lembrar algum sonho bom
E fazer tudo transcender: tristeza vai sumir e ninguém vai sofrer...

Sintonize sua vibração, não há tempo pra viver em vão
E não pense mais em desistir, existe um mundo que só quer te ver sorrir.

Não chora, a nossa vida é feita mesmo para se aprender!
E agora é hora de tentar se libertar, não vai doer...

Deixe a energia do som te levar, a vibe positiva solta pelo ar...
Quem sente com a alma é capaz de amar, tá sempre livre pra cantar"