terça-feira, 29 de março de 2011

E agora, José?

Ando refletindo sobre minha vida nos últimos dois meses... Quem é essa que me possuiu e saiu por aí fazendo coisas que eu sempre critiquei? De repente eu caí em mim. Pra que fugir tanto? Porque tanto medo da vida? Depois de tanta confusão, sofrimentos, decepções e mágoas [muito grandes, por sinal] me vejo com medo de profundidade. Me tornei uma pessoa superficial, que não se deixa envolver, que não se permite nenhum tipo de relacionamento que exija um mínimo de confiança em outrem [e que fique bem claro que por 'relacionamento' eu tbm quero dizer novas amizades. As pessoas têm mania de pensar que 'relacionamento' diz-se apenas de namoros e afins]. Odeio essa pessoa que me tornei. A confiança sempre foi algo que valorizei ao máximo e agora não consigo confiar em ninguém. Não me permiti nenhum tipo de relacionamento que durasse mais que uma noite, uma balada, uma bebedeira, uma Label, Dduck, que seja. Isso tudo me fez querer saber onde foi parar aquela Maira confiante e carinhosa que eu era... Comecei a cansar da solidão que essa coisa de 'um beijo pra nunca mais' me trouxe. Daquela solidão que sentimos quando estamos rodeados de gente [é a pior delas, definitivamente].
Mas aí resolvi me permitir e comecei a sentir carinho por alguém... E que gostosa é essa sensação, de se importar. Fazia tanto tempo que eu não sentia esse carinho... É muito difícil querer confiar e não conseguir. Toda confiança que eu tinha nas pessoas [e mais ainda a confiança que eu tinha em mim mesma] foi simplesmente destroçada nesses últimos anos. E quando eu não consigo confiar, eu fico insegura. E quando eu fico insegura, o que eu faço? Fujo. E quando eu fujo, o que acontece? Eu piso na bola com alguém. Com alguém com quem me importo, o que é pior. E agora, José? E se não tiver mais volta? Não quero mais isso. Vou mudar. Cansei de vazio.

Um comentário:

  1. Mairoca, lembra uma vez que eu te falei que era legal ler seus textos pq eu descobria que no final das contas a gente, mesmo tendo seguido caminhos completamente diferentes, as vezes passava pelas mesmas coisas?
    E no fim das contas, é sempre gostoso ter notícias, digamos, mais íntimas de vc.
    Tenho saudade.
    Enfim, minhas "desconfianças" são de uma natureza bem diferente das suas, verdade seja dita. Mas a linha do que vc disse aí também tá perto do meu osso.
    E, de uma forma estranha e egoísta, é legal saber que talvez a gente ainda funcione da mesma forma. Tenho tido tanto medo de termos mudado de tal forma que certas certezas não seriam possíveis...
    Ei, manda notícias! Nem que seja por mail, nem que seja sinal de fumaça, ok?
    Beijos
    Luci

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